Como correu o parto?

é a pergunta que nós mulheres costumamos fazer umas às outras após nascer um bebé. Algumas querem saber até coisas estúpidas como o número de pontos que levamos, ou se fizemos clister.
Eu devo ser a pessoa que mais temia o parto à face da terra. Sou das que chora com análises, desmaia quando visita alguém no hospital e não tolera sangue ou algo relacionado, o que é chato pois uma carreira como vampira fica de imediato excluída por falta de requisitos.
Odeio hospitais, odeio médicos e enfermeiros, odeio farmácias, odeio ser picada, odeio o cheiro destes espaços e fujo inclusivé da caixinha de primeiros socorros.
Inicialmente quando engravidei fiquei muito preocupada pois não sabia o que esperar de mim e como me iria comportar durante todo o processo.
À medida que as semanas foram avançando, a cada conjunto de análises sem chorar nem dar um pontapé ao enfermeiro era uma vitória. A cada rastreio sem filmes ficava feliz e inclusivé ligava à minha mãe a dizer que não tinha chorado!!! Nada infantilóide.
Já perto das 40 semanas, estava tão farta da gravidez e de parecer uma orca com pés de elefante que esqueci as fobias e queria que chegasse a hora o mais depressa possível.
A total confiança no hospital e no obstetra ajudaram-me muito a tranquilizar o que contribuiu para que tivesse um parto sereno, quase indolor, nada a ver com o filme de terror que toda a vida assolou a minha cabeça. O Salvador nasceu na Cuf Descobertas com uma excelente equipa liderada pelo fantástico Dr. Jorge Lima. Foi uma experiência inesquecível e se a cegonha bater novamente à porta lá estarei de malas e bagagens para uns dias no resort, mas sem caipirinhas.