Frequência sexual após a maternidade

Há uns dias em conversa com amigas falávamos da frequência sexual após sermos mães, aquelas conversas banalíssimas como quem fala dos saldos da ZARA. 
Este é daqueles temas meio tabu que nunca sabemos quem está a falar a verdade, sendo que há sempre as mega folionas (mínimo 4 acasalamentos semana, com direito a tudo e em todo o lado), as Teresas de Calcutá (missionário sempre, não metem cenas na boca) e as normais vá (beijaria para começar, tudo com calma e ao sabor do momento, sem frequência fixa).
Estou rodeada por casais que fazem o coiso e tal várias vezes por semana, há os que picam o ponto semanalmente e outros é quando calha, quando elas vão à depilação, quando os filhos ficam nos avós, ou quando os maridos comem demasiado caril. 
Na verdade fiquei a pensar naquilo com um misto de preocupação VS foda-se sou um alien. 
Não querendo armar-se em fanfarrona, em tempos muito remotos mais ou menos na era em que conheci o piço aquilo era esfarrapar de qualquer maneira e feitio, em qualquer lado, a qualquer momento. Uma pessoa não via mais nada à frente. Por exemplo, estávamos a jantar e na minha cabeça já me imaginava de 4 num qualquer monte verdejante, tipo um coelhinho na sua intimidade. Não sei de onde vinha tanta disponibilidade mas era assim que a coisa funcionava. Creio que é algo transversal a todos os casais na fase das descobertas e paixão assolapada. A libido fica em altas, outras coisas também e o sexo passa a rotina diária, tal como lavar o dentes.    
Vai daí já tivemos melhores dias no que toca a acasalamento responsável mas isso não tem de ser necessariamente mau. Acontece quando calha, quando apetece, quando os astros nos metem na mesma órbita. A quantidade é inimiga da qualidade e nesta fase das nossas vidas privilegia-se um friky friky dá-lhe em regime tudo incluído. Não tem dia nem hora marcada, não tem regra, não tem esquemas nem tabelas de excel com cronogramas. Nesta tribo acasala-se quando o amor chama por nós.  
P.S: mãe espero que já tenhas percebido que os teus netos não chegaram na cegonha e também não casei virgem só para que saibas. 
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Autora Mães.PT