Janeiro

Não me lembro de alguma vez na vida ter tido um Janeiro tão caótico.

Por motivos profissionais Janeiro é habitualmente super preenchido e stressante mas este mês deu 10 a zero a todos os outros, desde que me lembro de ser gente.

Foi a gripe, foi a pneumonia, duas semanas a ganhar mofo em casa, o caos a triplicar no trabalho e como se não bastasse esteve um briol inacreditável.

Podia ter aproveitado as semanas em casa para colocar os posts em ordem, gostava de vos ter falado sobre o Natal na tribo, sobre o revelhão, os meus objetivos para 2019 entre tantas outras coisas, mas não me apeteceu. Passei dias a dormir, entregue à depressão e à pneumo. Nem sei o que meu deu, entrei num estado de inércia e não me apeteceu fazer um boi.

Quando estava acordada via os Alerta CM e os programas do Discovery Channel e National Geographic. Papei todos os conteúdos relacionados com pessoal a descobrir ouro, malta da apanha da minhoca, a dupla da apanha de cogumelos, o velhote do dique para pescar enguias e criei até bastante empatia pela família que vive no meio do Alasca.

Não me esqueci da pesca radical, adoro quando sacam as armadilhas do agitado mar de Bering cheias de caranguejo real e entretanto aprendi a identificar quando um atum rabilho vale 40 dólares o Kilo, de tanto ver o programa Wicked Tuna

Também adoro os que sobrevivem em pelota no meio de nenhures mas como é transmitido à noite e tomava uma medicação que me fazia desmaiar em 2 minutos, não consegui ser uma telespectadora tão pontual.

Depois chegavam os miúdos, queriam ver aqueles bonecos sem jeito nenhum e acabava-se o meu reinado de TV.

Adeus Janeiro, Fuck Off.