Não quero ser a melhor mãe do mundo

Uma amiga em modo desabafo falou-me que se sentia uma mãe assim-assim, “não sou a melhor mãe do mundo”, dizia-me enquanto os seus olhos demonstravam emoção. Ouvia-a durante uns minutos enquanto a minha cabeça já distante refletia sobre as suas palavras. 
O que é ser a melhor mãe do mundo?
Não creio que haja uma resposta à questão. Haverão tantos conceitos diferentes porque cada pessoa terá a sua forma de interpretar e de sentir.
Isto da maternidade é uma merda. Nunca sabemos os requisitos para entrar no pódio das melhores mães e eu estou longe, muito longe de lá chegar. 
Não quero ser a melhor mãe do mundo porque isso não existe.
Esta carga de ser a mais, a melhor, a faz tudo, a suprasumo, a multifunções, a TOP deixa-me com azedume.
Cada mãe é única e faz o que acha melhor para os seus filhos, erra, cede, chora, grita, dá palmadas, ignora, tudo em função dos seus princípios e daquilo que defende.
Não sou a melhor mãe do mundo e estou rodeada de mães imperfeitamente competentes.
Ser mãe implica uma constante aprendizagem, tentar, falhar, voltar a tentar. E o que nós fazemos, não se aplica aos outros porque somos todos diferentes.
Às vezes sinto-me péssima mãe porque não faço sopa todos os dias, porque deu-me preguiça e não houve banhos, não lhes dei atenção, ou porque levantei a voz e seguiu-se uma palmada no rabo. São coisas que acontecem diariamente com todas as mães mas que a própria sociedade e as outras imenso TOP condenam.
Senhoras isto não é uma competição tá?
Relaxem, vivam e sigam o que o vosso instinto manda e lembrem-se que na casa do lado há uma mãe imperfeita que diz asneiras, acumula roupa, às vezes não faz jantar, nem sempre tem pachorra para brincar ao faz de conta, às 11h de Sábado já deseja que seja segunda e também dá traques.
E tu és a melhor mãe do mundo?
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