O inútil Centro de Saúde

O Centro de Saúde é inútil. A rapidez e eficácia na resolução de problemas são tão escassas como encontrar ouro nas montanhas do Alasca, programa que tenho acompanhado no Discovery Channel, (sim eu sei que é deprimente). 
Os motivos são milhentos e tenho para mim que cada funcionária inventa o seu só para chatear, ou então numa perspetiva de manter o seu posto de trabalho, pois quantas mais vezes uma pessoa for lá e mantiver o antro de micróbios cheio de gente, mais probabilidades há de continuarem com o seu trabalhinho inútil. 
Está para nascer o dia em que um assunto fica resolvido à primeira. Falta sempre a merda de um papel, ou era preciso marcação, ou se marcamos o médico teve uma caganeira e faltou, ou o dia de atendimento para aquele assunto por acaso, só por acaso, não é o que escolhemos. Adoro saber que há dias específicos para vacinas, para tratamentos, para levantar a pílula e para coçar o cu, que é basicamente o que estas pessoas fazem nos serviços. Estão-se literalmente a cagar para resolver os assuntos que lhes competem, só complicam em vez de facilitarem a vida às pessoas. Burocracias estúpidas e inúteis.
Outra que adoro é a falta de sistema. Quantas vezes fui propositadamente à espelunca para marcar as vacinas do piqueno e surpresa das surpresas, “desculpe mas não temos sistema”…eeeeeeeeeeeeee? o que tenho eu com isso? custa muito apontar a informação num papel e quando a puta do sistema voltar introduzir os dados e ligar à pessoa a confirmar o dia? Dá assim tanto trabalho? Será preciso um MBA para fazer isso? Mas não, uma pessoa tem de ir para casa e regressar noutro dia e talvez com muita sorte haja sistema para marcar. E eu sou jovem, tenho carro e mobilidade para o fazer. Imagino o que sofrem os idosos que se deslocam de transportes públicos ou táxi para tentar resolver alguma coisa nos inúteis Centros de Saúde.  
Por último e não menos importante é a incapacidade que têm em atender chamadas telefónicas. Por vezes são dias inteiros a tentar ligar e nada, zero, ninguém atende. Depois deslocamo-nos ao antro e surpresa das surpresas lá estão 3 ou 4 pessoas super confortáveis com os seus ténis e camisolas polares da Quechua, (como quem vai para a aula de Zumba mas em mau) em amena tertúlia. Adoro. 
É assim que funciona no Centro de Saúde da minha área de residência mas presumo que a situação se repita por todos os outros pertencentes ao nosso fantástico SNS. Será?

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